Animação Sociocultural
De acordo com o que estudamos, a Animação Sociocultural é um processo dirigido à organização das pessoas na realização de projectos e iniciativas que vão desde a cultura ao desenvolvimento social. Sendo assim a matriz social vira-se para um espaço de intervenção, enquanto a cultural permite a socialização ao mesmo tempo que valoriza tradições; por outro lado a matriz educativa baseia-se no desenvolvimento da motivação para a aprendizagem enquanto a artística procura a criatividade e a arte.
Características gerais do envelhecimento
A terceira idade é marcada por uma evolução física visível. A evolução psíquica não é menos nítida: dá-se uma diminuição das capacidades, a linguagem e a marcha sofrem diversas modificações, o ritmo do sono altera-se, a memória vacila, os traços do carácter acentuam-se, envelhecer é ser-se igual a si mesmo, tanto no melhor como no pior.
No entanto podem compensar-se os reveses da idade com uma boa saúde física e mental, as quais dependem de uma vida verdadeiramente disciplinada, salvo em casos patológicos específicos.
A característica principal dos indivíduos idosos é a lentidão, esta característica não está ligada a um maior cuidado de precisão: é um fenómeno fundamental, em relação directa com a senescência do sistema nervoso.
O envelhecimento de aptidões é pois, um facto inegável, com um mecanismo complexo: é preciso ter em conta causas de ordem fisiológica e sociocultural, os hábitos adquiridos, as atitudes perante as dificuldades e, talvez ainda, o tipo de aptidões pessoais.
As funções em que se é menos dotado, aquelas que menos se desenvolveram ou que suscitaram mais dificuldades são as que envelhecem primeiro. É precisamente a falta de exercício que provoca a deterioração. O envelhecimento não tem de se caracterizar pela perda e a deterioração intelectual. Nestas idades, o importante é proporcionar experiências de aprendizagem às pessoas idosas e manter um ambiente rico e estimulante.
Animação de idosos
A animação representa um conjunto de passos com vista a facilitar o acesso a uma vida mais activa e mais criativa, à melhoria nas relações e na comunicação com os outros, para uma melhor participação na vida da comunidade de que se faz parte, desenvolvendo a autonomia pessoal.
O trabalho de animação é ainda mais importante quando se trata de idosos institucionalizados. Uma das primeiras funções do animador é fazer com que alguns idosos não se auto-excluem de viver, devido às ideias pré-concebidas que já não prestam para nada e que apenas lhe resta a morte. Uma das funções chave da animação sociocultural consiste no facto de as pessoas e os colectivos se transformarem em agentes e protagonistas do seu próprio desenvolvimento.
É muito importante implementar programas de animação e desenvolvimento sócio-pessoal. Como H. López Cruz (1992) exprime a necessidade destes programas é insubstituível por diversos motivos: a pessoa idosa, especialmente a que vive numa instituição, dispõe de muitos períodos de ócio, permanecendo demasiado tempo desocupado, o que acaba por ser um factor de tensão na velhice com a consequente repercussão sobre a saúde e o bem-estar; a possibilidade de lutar, sistematicamente, contra os sentimentos de inutilidade e incapacidade tão enraizado na vida destas pessoas; a limitação das perspectivas de futuro; a falta de objectividade e razões para continuar a viver uma vida digna e com sentido, facto que exige uma rápida e ajustada intervenção.
